FRASE DO ANO...

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

HISTÓRIA DOS CAMINHOS (Donato César Pierini)


Na verdade, os caminhos do bem e do mal, seguem na mesma direção, extremamente colados, chegando quase a serem confundidos, mas com suas próprias características...
O do bem, as vezes até sombrio, cheio de pedras, percalços e batalhas diárias a serem vencidas, quase sem atrativos aparentes;
Já o outro, iluminado, cheio de música, de festas, de shoppings, de social, de atrativos tantos que instigam o caminheiro a trilhá-lo;
No do bem, sacrifícios são requeridos, decisões importantes são esperadas; a bagagem, que escolhemos e cativamos, é sempre mais pesada, enquanto, no outro, quase sempre somos carregados no colo, sem muito esforço próprio.
No caminho do amor, o mais difícil, nosso esforço é nossa própria vida, em forma de missão, pois carregamos defeitos de nossos companheiros de caminhada, o que exige uma aceitação muito maior do que aquela do caminho paralelo.
E somos obrigados a entender e aceitar que jamais podemos abandonar aquilo que cativamos. O Pequeno Príncipe que já passou por ali, deixou um outdoor numa curva dizendo que “Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, que, certamente, faz muito caminheiro torcer o nariz...
Apesar de contíguos, a distância entre os dois caminhos é infinita...
Num, seguem os verdadeiros amigos, dispostos a nos censurar. Às vezes disfarçados de "grilo falante", nossa consciência, na história do Pinóchio.
São aqueles que, incessantemente, nos impõe alguma lembrança , que fingimos não querer lembrar, tal qual, “nunca abandone o que cativaste, porque o que cativaste, espera tanto de ti, que se perde no caminho, se não achar a tua mão, para guiá-lo e ele a ti; o que cativaste espera de ti, o maior dos esforços, a mais impossível das decisões, para caminharem lado a lado, por acreditar lhe ser importante.”
Enquanto isso, por outro lado, o outro caminho está em festa. A máxima de lá, é que a caminhada é muito curta, e que é preciso aproveitar... E tome, festas, celebrações, mordomias...
E é essa a história...
Os dois caminhos tem alguma coisa em comum: o mesmo final, só que de maneira inversa.
Aquele que foi trilhado com esforço, com abnegação, termina em festa, pois não existe festa maior que essa chegada. Lembra daquela bagagem pesada do que cativamos ? Nós dividimos o peso mutuamente, e se éramos dois, ficamos tão próximos, que chegamos como um único , na linha de chegada..
E o desafortunado do outro caminho, ao chegar no final, vem a recordação: “Mas, eu tinha cativado alguém, algo... Cadê ?”... Triste constatação ao perceber que o que cativaste não estava com você... As festas foram ótimas... Os amigos (da onça) que te levaram a elas, sensacionais. Por mais mesquinho que sejas. Por mais duro e frio que seja teu coração. Por mais material que sejam seus desejos, desejará que tua caminhada nunca tivesse que chegar ao final... talvez, assim, desse tempo de você reparar o erro de ter “perdido” o teu tesouro...
Que pena ! Não tem volta... Provavelmente, seu tesouro, o que cativaste,ou pensaste que cativaste,e não deste a importância desejável, ficou abandonado em algum canto do caminho e foi encontrado por um Anjo, que o recolheu, com carinho e todo cuidado, deu lhe lustro e o guardou em seu coração. Nesse momento, com certeza, chamado “milagre”, ambos, "Anjo" e “tesouro perdido”, logo no primeiro cruzamento a frente, se mudam para o outro caminho... o Caminho do Amor...

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