FRASE DO ANO...

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EU APRENDI (autor desconhecido)


Eu aprendi
Que a melhor sala de aula do mundo
Está aos pés de uma pessoa mais velha; 

Eu aprendi
Que ser gentil é mais importante do que estar certo; 

Eu aprendi
Que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
Quando não tenho a força para
Ajudá-lo de alguma outra forma; 

Eu aprendi
Que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
Cada um de nós precisa de um amigo
Brincalhão para se divertir junto;

Eu aprendi
Que algumas vezes tudo o que precisamos
É de uma mão para segurar
E um coração para nos entender; 

Eu aprendi
Que deveríamos ser gratos a deus
Por não nos dar tudo que lhe pedimos; 

Eu aprendi
Que dinheiro não compra "classe"; 

Eu aprendi
Que são os pequenos acontecimentos
Diários que tornam a vida espetacular; 

Eu aprendi
Que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa 
Que deseja ser apreciada,
Compreendida e amada; 

Eu aprendi
Que Deus não fez tudo num só dia;
O que me faz pensar que eu possa? 

Eu aprendi
Que ignorar os fatos não os altera; 

Eu aprendi
Que o amor, e não o tempo,
É que cura todas as feridas; 

Eu aprendi
Que cada pessoa que a gente conhece
Deve ser saudada com um sorriso; 

Eu aprendi
Que ninguém é perfeito
Até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi
Que a vida é dura, mas eu sou mais ainda; 

Eu aprendi
Que as oportunidades nunca são perdidas; 
Alguém vai aproveitar as que você perdeu. 

Eu aprendi
Que quando o ancoradouro se torna amargo 
A felicidade vai aportar em outro lugar; 

Eu aprendi
Que devemos sempre ter palavras doces e gentis 
Pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las; 

Eu aprendi
Que um sorriso é a maneira mais barata
De melhorar sua aparência; 

Eu aprendi
Que todos querem viver no topo da montanha,
Mas toda felicidade e crescimento
Ocorre quando você esta escalando-a; 

Eu aprendi
Que quanto menos tempo tenho,
Mais coisas consigo fazer.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

TENHA PRESSA...

Há que se entender,
que o relógio,
na sua faina de
tic tac... tic tac... tic tac, insiste
ouça o tempo passando...
Minuto que passou,
é menos um
no meu tempo,
no seu tempo,
no nosso tempo
E isso
por si só,
que dó
já é
um grande contra tempo...
A vida
não corrige nada...
não vai dar saída,
nem entrada...
não tira da quietude,
se não houver atitude...
mesmo porque,
relógio continua
tic tac... tic tac... tic tac
O tempo é senhor do mundo,
cria, recria e desmancha;
freia e deslancha;
incendeia e esfria...
num apenas segundo
Compassando,
depressa...
Ouça seu tempo passando...
Tenha pressa...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

QUERO

Quero ver em seu rosto
esse sorriso...
porque preciso...

Quero ver em su'alma
essa calma
que me acalma

Quero no coração
o perdão
em feitio de oração...

Quero no jeito especial
que me aponta
o antídoto do mal
para que o bem, afinal
tome conta...

Quero esse ombro amigo
esse coração comigo
quero a vida
a saída

Quero ir
Quero ter
Quero saber
Quero sentir

Quero buscar no tempo
o exato momento...

Quero buscar na luz
o encanto que me conduz..

E quando o tempo
for e voltar
Estarei...
apto para te amar

(DCPIERINI, 24/10/2014)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O DISCURSO QUE NÃO ESCREVI...

                                (Lindo texto escrito por Ludgero Sant anna)

Anteontem foi a celebração da consagração do matrimônio de minha filha Leticia com Felippe onde fiz pronunciamento sem ter escrito discurso e sem ter pensado mais sobre o que dizer.
O que disse foi ditado pelo coração e pela emoção.
Agora, passado as festividades, vou escrever o que disse e o que talvez tivesse lido se escrito pudesse ter sido:
Há alguns meses, conversando com Leticia e com Cidinha, perguntei se em algum momento eu poderia me manifestar. Leticia disse que somente os noivos falariam, durante a festa, para agradecer os convidados. Agora, nesses dias, conversando novamente com Cidinha e Leticia, sobre o casamento, que foi o assunto que mais tratamos nesse ano, foi dito que o pai da Gabi Jabour havia se manifestado na cerimonia religiosa. Então eu disse: se o pai da Gabi pode falar na igreja eu também quero falar.
Cidinha foi logo me alertando: olha, se deixarem você falar vai ter que ter muito cuidado com o que vai dizer, porque você vai estar na igreja, cuidado.
Com essas considerações e com essas observações é que agora me manifesto.
Meu DEUS, aqui está um cristão, uma pessoa que tem muito que lhe agradecer.
Tudo que desejo me é dado.
Tenho muito, muito mesmo que lhe agradecer.
Não trouxe discurso escrito, trouxe um lenço para enxugar as lagrimas de felicidade.
Minhas palavras são as que saem do meu coração.
Poder estar aqui, conduzindo minha princesa Leticia para o altar é uma graça que me foi concedida.
Felippe, há 39 anos estive aí em seu Lugar.
Leticia sua mãe esteve em seu lugar, onde ouvimos o mesmo evangelho.
Éramos muito jovens, com vinte anos, inexperientes, virgens e pouco entendi o que significava edificar minha casa sobre a rocha.
O tempo foi passando e fomos entendendo o significado do evangelho.
Enfrenamos tsunamis, terremotos, tempestades, chuvas, mas sempre vencemos.
Esses 39 anos não foram somente de lutas, foram muitos outonos, muitas folhas que caíram e viabilizaram as primaveras, as flores os perfumes e muitos verões se passaram.
O que descobri foi que para edificar nossa casa sobre rocha, precisei de dois elementos básicos.
Certamente que foram muitos elementos na construção, mas dois foram muito importantes e na ordem dessa importância para mim, Leticia, o primeiro elemento é o RESPEITO e o outro é o AMOR.
Nunca tive que lhes ensinar sobre isso, pois entendo que se falasse estaria dando aula, querendo ensinar, preferi mostrar através desses anos com nossos exemplos e com nossas atitudes.
Não me lembro de ter que pedir RESPEITO ou de ter que pedir AMOR para cada um de vocês, mas sei que vocês percebem e sentem a necessidade desses dois elementos.
É assim que na edificação de nossa casa construímos nosso LAR.
É como o cimento e o ferro, não basta somente um desses elementos para fazer a fundação ou para fazer a laje, ambos são necessários.
Recentemente caiu um viaduto em BH por falta de ferragem; de que adiantou tanto cimento ?
É como o bit e o byte, uns e zeros, tornando a tecnologia possível.
Agora, Felippe, escutando novamente esse evangelho da rocha, se pudesse estaria novamente com Cidinha, que muito amo, renovando os votos feitos no meu casamento, mas com outra visão.
Edificar sobre a rocha, hoje para mim, significa me preparar muito em CRISTO, me fortalecer, me RESPEITAR e me AMAR, para então poder seguir.
Os elementos são exatamente os mesmos, nada mudou. O que percebo agora é apenas diferente.
Leticia, se fortaleça em Cristo, se respeite, se ame, para poder respeitar e amar Felippe.
Por isso, tenho muito que agradecer a DEUS, pois construímos um lar feliz com esses elementos.
Meu DEUS obrigado. Obrigado e obrigado.
Gostaria de mais uma graça que agora peço a meu Deus, pois seu amor é infinito e tudo pode:
Desejo que cada um desses nossos amigos, que vieram presenciar a essa consagração que depois da festa, possam retornar para suas casas em paz e felizes, sem incidentes.
Muitos vieram de muito longe, mi hija Merce de Madrid, others from London, outros de Palmas, Varginha, BH, Buritis, Ribeirão Preto, São Gonçalo do Sapucaí, São Paulo e tantos outras cidades.
Que no caminho de volta, o senhor meu Deus possa permitir que em algum momento eles lembrem do que finalmente falou o pai da noiva: que com RESPEITO e com AMOR, a Aliança que constrói a família a torna imbatível.
Ludgero Sant Anna, Brasília, 18 de agosto de 2014

*. Meu primo, irmão, Ludgero Sant Anna, transporta para esse texto, vindo desse imenso coração de Pai orgulhoso,  a certeza de que, captamos, ao longo do tempo, o que nos foi ensinado, ou o exemplo das gerações de nossos pais, por sua vez de nossos avós, fazendo com que nossas casas, construídas sobre a ROCHA, suportassem quaisquer tipos de tempestades... E quando Deus resolveu dar uma companheira ao homem, já sabia, que a do primo Ludgero, seria a querida Cidinha, e, que deles viriam frutos, que levariam o bastão adiante...
O meu abraço afetuoso a esses queridos primos, pelo exemplo de vida a dois, de pais maravilhosos e de pessoas magnifícas... ESSE TEXTO FICA GUARDADO NOS MEU FAVORITOS...

quarta-feira, 14 de maio de 2014

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI....

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.
A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
— Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SE CHEGAR...

Se chegar
vou saber que não é,
mais nada disso
nem porisso
vou chorar...

porque quem chora
perde no tempo
o agora...
e nenhum sentimento aflora...
apenas, sabe chorar...

Se chegar
chego de peito aberto
olhar incerto,
sem dar, sem dor
meio sem jeito
sem tentar amor...

Se chegar,
será para saber,
que,
nada daquilo
que fi-lo
ou que fa-lo, hei
nem de nada sei,
nem de nada serei...

Se chegar,
apenas,
traços de vida,
apenas entrando,
e já buscando saída...

Se chegar... apenas chegarei...

Ituiutaba 15/12/2010

DA NOITE... NA NOITE... COM A NOITE...

Vem DA noite
Em silencio profundo
O açoite das lembranças
Das andanças
Das bonanças
e das destemperanças

Vem NA noite
O descanso das almas guerreiras
Das pelejas, dos caminhos, das barreiras
Das lutas, sozinhos

Vem COM A noite
A ânsia desenfreada
Dos homens atuantes
Postulantes
De um novo sol na manhã
Em busca de uma vida,
Só um pouquinho mais sã.

Donato César Pierini
Publicado no Recanto das Letras em 28/02/2007